"Adeus, Eri" é ABSOLUTE CINEMA
- Quadrinhos Diários
- 4 de out. de 2024
- 2 min de leitura
As One-shots do autor japonês Tatsuki Fujimoto, conhecido por seu trabalho em Chainsaw Man, são um absoluto sucesso. A começar por "Look Back", que relata a jornada de duas artistas rivais e amigas, que ganhou um filme em animação, que chegou aos cinemas brasileiros no dia 26 de setembro.


Também é notório o seu amor por cinema. Tanto que a abertura do anime de Chainsaw Man, homenageia alguns filmes como Pulp Fiction e Constantine. E partindo desse amor por cinema, que ele vai ainda mais além, criando um mangá que é uma aula de narrativa cinematográfica, que homenageia o cinema, bem como é uma carta de amor, chamada Sayonara, Eri (ou Adeus, Eri como foi traduzida por cá).
Esse mangá ganhou notoriedade aqui no Brasil desde que ele foi indicado ao Prêmio Eisner de 2024 e por sua história com um plot bem forte, que é sobre um garoto, o Yuta, que ganha um celular de presente dos pais, para filmar os últimos dias de vida de sua mãe, como forma dele ter uma lembrança sobre ela.


Contudo, sabemos que Fujimoto não é alguém simples, que se usa de temas fortes para passar uma mensagem convencional, ou um cara que simplesmente gosta de homenagear aquilo que ama.
O mangá vai além, explorando nossos traumas e dores e em como lidamos com eles, ainda que de formas "lícitas", mas que podem alterar toda a nossa vida, sendo que às vezes é para mal.
E uma das formas que ele explora isso é como vemos nosso heróis após o luto. Será que temos uma imagem distorcida ou real? Um produto da dor ou um produto do amor?
E ainda mais: o que é real e o que é ficção? (isso vale para o mangá todo!)
E a arte, é claro, um show! Porque o mangá se passa em grande parte filmada por uma câmera de telefone, temos aqui as características de uma câmera amadora, que é muito bem emulado na arte. Em todo o momento, o leitor terá a impressão de estar vendo uma filmagem de celular, com aqueles barulhos e todas as interferências que se pode ter em um telefone.
E claro, uma bela homenagem ao cinema! A começar claro, vemos aqui que nosso protagonista gosta de Michael Bay (ninguém é perfeito, né?!) por sua obsessão com explosões. Também temos outros estudos de cinema, como toda a questão dos painéis, lembrando filmes found footage, que são filmes de terror feitos por uma câmera só, muito popular nos anos 80.

Entre algumas outros pontos de vista sobre cinema, do qual não tenho propriedade para falar aqui.
Esse é um dos melhores mangás deste ano, e eu não passaria batido, se fosse você. Seja você amante do cinema, dos mangás do Fujimoto, ou quem sabe dos dois?
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