Começa como malhação e termina com traumas

Novos X-Men: Academia X é um título que veio para substituir o título Novos Mutantes (14 ed.), na fase reload da equipe onde ocorreu uma troca de roteiristas entre os títulos X. Novos X-Men: Academia X durou 46 edições e podemos dividir esse título em duas fases: uma antes e depois da Dinastia M.

Das edições 1 à 19 a vibe do título continua semelhante ao título que lhe precedeu, uma malhação com passagem de bastão dos Novos Mutantes originais se tornando professores e, com isso, apresentando os novos alunos que formar uma nova equipe x.

Somos apresentados aos novos alunos e seus poderes e dilemas próprios da adolescência como aceitação, primeiros amores e o sentimento de pertença. Assim como velhas rusgas envolvendo Emma Frost e Daniele Monstar, a líder dos Satânicos contra a líder dos Novos Mutantes originais.

É quase como uma malhação que se encontra com as gincanas do Sílvio Santos, mas com poderes mutantes. Porém, a partir da edição 20, que ocorre após as drásticas consequências da Dinastia M, o direcionamento e também o argumento do título muda muito, se tornando mais sombrio, pessimista e traumático para quem sobreviver.

E olha que não forma muitos, agora a proposta é: quem não perdeu os poderes de duas uma: ou vai morrer de forma brutal ou vai ficar traumatizado com situações pesadas e angustiantes vividas.

O clima é triste e pessimista, todos estão vivenciando um luto, ou seja, pela perda dos próprios poderes ou dos amigos, seja pela quase extinção da espécie mutante. Não apenas o luto simbólico, mas o luto concreto pela morte de vários, assim como a perda dos pais que enviaram seus filhos para o Instituto X para serem educados e foram mortos.

Esse título se encerra com o fim da saga Complexo de Messias, de forma bem satisfatória, uma pena que esse título vai ficar preso no mix de X-Men – 1 série da Panini, ed. 46 ao 87.